Na nossa humilde visão é preciso entender que temos (pelo menos) dois tipos muito diferentes de brechós.
Aquele brechó de bairro, que tem montanhas de roupa, que você pode passar dias e dias garimpando, que tem desde peça detonada real a verdadeiros tesouros e os brechós que tem surgido hoje em dia, onde há um trabalho muito maior em curadoria, no tratamento das peças, na profissionalização da empresa, marketing e por aí vai.
Mas mais importante que o público entender essa diferença, são os próprios brechós terem isso em mente na hora de trabalhar seu posicionamento.
Se você se encaixa no segundo tipo, precisa aceitar que quem só vê sentido no brechó se ele vem com preços muito baixos, não é seu público.
Ainda que você mostre todo seu processo, sua proposta de valor, etc., essa pessoa não vai comprar de você, seja porque ela de fato não vai ter dinheiro, ou porque pelo valor cobrado ela prefere comprar uma peça nova.
E ela não tá errada de pensar assim. Só não é seu público. Não é uma objeção que você deve gastar seu tempo para quebrar.
Agora quem gosta de buscar por alternativas de consumo mais sustentáveis, quem procura por peças únicas, curte um estilo mais vintage, prefere fugir de modismos, esse sim é seu público. É com ele que você deve conversar. São as eventuais objeções dele que você deve buscar quebrar.
Não tem um lado certo e um lado errado.
Ambos os tipos de brechó são importantes, tem seu público e podem coexistir em paz. Cada público vai ter uma percepção do valor do negócio.
Portanto, sim, brechó pode cobrar mais caro, mas precisa entender o que realmente vende e pra quem.
No fim, vai pagar quem realmente vê valor naquilo, e vai de cada brechó conseguir passar esse valor pro seu público!
E você, o que pensa sobre o assunto?